Ciclo de Palestras

Ressonâncias e Vibrações

"Os caminhos do jazz"

Ressonâncias e Vibrações
3 Maio, Qua - 18:3010 Maio, Qua - 18:3031 Maio, Qua - 18:30
m/16
60 minutos

O ciclo “Ressonâncias e Vibrações”, organizado pelo Auditório de Espinho | Academia, tem como objetivo abordar temáticas ligadas à música, passando pela música erudita, pela música popular, pelo jazz e por outras músicas, abordando o respetivo contexto histórico, sociológico e estético, em conversas e propostas de audição orientadas por musicólogos e especialistas em cada área, proporcionando aos participantes a possibilidade de enriquecerem a sua cultura musical.

O primeiro módulo, "Ensaio(s) sobre a orquestra", abordou temas como a criação e transformação de uma orquestra sinfónica, do classicismo aos nossos dias. O próximo módulo temático incidirá sobre “Os caminhos do jazz”, novamente em 4 sessões, guiadas por um dos maestros titulares da Orquestra de Jazz de Espinho, Paulo Perfeito.


Módulo 2: OS CAMINHOS DO JAZZ

Num percurso entre a América do antebellum e os dias de hoje à escala global, floresceu um idioma musical que será porventura aquele que marcou de forma mais indelével a cultura do seculo XX. O Jazz é ainda hoje para muitos ouvintes uma linguagem hermética, mas cujos apelos residem essencialmente no ritmo entusiasmante e no caráter efémero e destemido das criações improvisadas.

Nesta viagem em quatro etapas desde a pré-história do jazz até à contemporaneidade vamos visitar alguns dos momentos e protagonistas mais carismáticos da história do jazz na perspetiva do ouvinte.

Sessão 1 / Quarta-feira  3 MAI – 18:30 às 19:30h
Sessão 2 / Quarta-feira 10 MAI – 18:30 às 19:30h
Sessão 3 / Quarta-feira 31 MAI – 18:30 às 19:30h
Sessão 4 / Quarta-feira 7 JUN– 18:30 às 19:30h

ENTRADA LIVRE
Inscrições: aqui


TEMÁTICAS
1. A Pré-história do Jazz

Medidas como a Proclamação da Emancipação de 1863, a 13ª Emenda à Constituição e o Louisiana Legislative Act de 1894 criaram as condições ideais para que se fundissem as tradições culturais Africana e Europeia e, no cadinho de Nova Orleães, isso deu origem ao idioma musical que hoje reconhecemos como jazz. Nesta primeira sessão, iremos explorar as tradições musicais que na América do final do sec. XIX estimularam o seu advento.

[Work Songs, Espirituais e outras tradições Africanas, Blues, Ragtime, Second Line]

2. Até aos Dias da Rádio

Desde o delta do Mississípi, a diáspora das primeiras gerações disseminou o jazz que encontrou terreno fértil em cidades como St. Louis, Kansas City, Chicago e finalmente Nova York e Paris. As primeiras gravações e os grandes salões de dança foram o ambiente propício ao desenvolvimento das características intrínsecas da linguagem. Nesta segunda sessão iremos ainda abordar o apogeu das Big Bands e a forma como o desenvolvimento da rádio transformou o panorama jazzístico de forma indelével.

[Jazz Traditional, Territory Bands, Kansas City Jazz, Hot5 e Hot7, Swing Band]

3. Um Novo Paradigma

Os movimentos modernistas do pós-guerra tiveram um efeito revolucionário na perceção e abordagem do objeto artístico, que passou a ser também veículo de mensagens sociopolíticas. A transição dos salões de dança para os auditórios acompanhou a metamorfose de um idioma que era essencialmente funcional e de entretenimento para um objeto contemplativo; de um tronco robusto começaram a germinar inúmeras ramificações estéticas que popularizaram o jazz à escala global.

[Bebop, Hard Bop, Free Jazz, Third Stream, Glocalização]

4. E agora?...

Para cada ação há sempre uma reação… lideradas por uma geração de jovens virtuosos, o final do seculo XX foi marcado pela emergência de movimentos que preconizaram o retorno aos valores do main stream. Por outro lado, o reconhecimento do jazz como um tesouro da tradição Americana pelo Jazz Preservation Act em 1987, fomentou e apoiou a preservação do acervo enquanto que a integração na Academia permitiu disseminar o ensino trazendo também o jazz para a esfera erudita. Terminaremos esta série de palestras com uma breve panorâmica do jazz contemporâneo.

[Young Lions, Jazz Preservation Act, BAM, ressurgimento das Big Bands]


Palestrante: Paulo Perfeito
Paulo Perfeito é trombonista, compositor e pedagogo, nascido no Porto, Portugal em 12 de julho de 1974. Paulo é doutorado em Artes Musicais pela prestigiada Eastman School of Music, Mestre em Música pelo New England Conservatory e licenciado pela Berklee College of Music. Paulo é professor adjunto e Vice-Presidente da ESMAE - P.Porto, onde também leciona e coordena a área Técnico-Científica de Jazz. Além disso, é pesquisador integrado no Ceis20 - Universidade de Coimbra e muito ativo como compositor, arranjador e intérprete freelancer nas áreas de jazz e música pop. É co-diretor artístico da Orquestra de Jazz de Espinho. Entre inúmeros prémios, Paulo recebeu o DownBeat Student Music Award, em 2013, a bolsa Marian McPartland, em 2012, uma bolsa Fulbright para Doutoramento, em 2011, o prémio Herb Pomeroy Award for Outstanding Jazz Composer and Arranger, em 2001, e a Bolsa Jovens Criadores do Centro Nacional de Cultura, em 2000 e 2001.


Bilhetes

Evento já realizado.

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