Lenda viva do jazz, Bob James estreia-se em nome próprio em Portugal com concerto em Espinho. Descoberto por Quincy Jones nos anos 60, foi pioneiro na fusão de jazz, funk e música clássica, deixando marca na editora CTI. Ícone do hip-hop e padrinho do smooth jazz, é vencedor de dois Grammys.
Portadora de uma voz única, Yumi Ito tem criado mundos musicais sem fronteiras. A pianista e cantora suíça, de raízes polaco-japonesas, é uma referência mundial na improvisação vocal, transitando entre a art-pop, o jazz e o neoclássico. No seu quinto álbum, Ysla, Ito explora temas como solidão, renascimento e o fim do mundo, usando uma linguagem vocal universal. Yumi Ito estreia-se ao vivo no Misty Fest em formato trio, acompanhada por Iago Fernández na bateria – com quem colaborou neste álbum – e Nadav Erlich no contrabaixo.
A relação de Portugal com o brasileiro Castello Branco tem já dez anos e dezenas de concertos de norte a sul em vários formatos distintos, em duo, em trio ou a solo. Desta feita, o músico nascido no Rio de Janeiro apresenta-se com um ensemble de cordas da Escola Profissional de Música de Espinho e, juntos, interpretarão algumas das canções mais representativas da sua já longa discografia com arranjos escritos para o efeito.
Quando pensamos em som, a primeira imagem é a de ondas invisíveis que viajam pelo ar, captadas pelos nossos ouvidos e interpretadas pelos nossos cérebros. Mas, para além da sua dimensão auditiva, o som tem peso, movimento e força. Uma força física que ultrapassa a própria audição e atua no corpo, que recebe e reage às suas vibrações, presença tangível no espaço que nos rodeia. A estrutura coreográfica composta por takes, definindo-se como molduras do instante, combina realidade e ficção, estendendo o espaço físico em que a ação e o som ocorrem, criando diálogos entre o que se ouve e o que se vê – ou não se vê.
O legado de Vicente Lusitano, compositor e teórico musical português nascido em Olivença, é o foco deste concerto. Recentemente redescoberto por intérpretes, mas um nome incontornável para os historiadores da teoria musical, Lusitano protagonizou um grande debate com o italiano Nicola Vicentino sobre a recuperação da música da Grécia Antiga. No auge do Renascimento, discutia-se como recuperar esses reportórios. Neste recital, para traverso e instrumentos de corda dedilhada, far-se-á a ligação entre a música de Lusitano e os seus contemporâneos do Período Internacional do Renascimento, especialmente centrados na Península Ibérica e em Itália, onde Vicente Lusitano trabalhou e se destacou.